António Lima Costa considera que “está em curso uma competição meramente eleitoralista para ver quem é afinal o partido das esquerdas mais amigo do ambiente”. No debate de urgência sobre “travar as culturas agrícolas intensivas e super intensivas”, o social-democrata enfatizou que o PSD, a esse respeito, “não precisa de provar nada. A sua história fala por si, e, por isso, em relação ao tema concreto em debate a nossa posição é simples e clara. Ao contrário de muitos, nós entendemos que é possível conjugar expressões como «sustentabilidade e proteção ambiental» com «modernização e competitividade da agricultura», uma agricultura geradora de emprego, rendimento, valor acrescentado e coesão territorial. E nesse sentido, para garantir a sustentabilidade e proteção ambiental, o governo tem de monitorizar, estudar e comparar o impacto ambiental de todos os tipos de culturas de regadio e, em cooperação com os agricultores, definir eventuais medidas de mitigação desses impactos”. Sublinhando que o governo não fez o que devia ter feito, Lima Costa adiantou que é essa ausência de conhecimento técnico e científico que gerou agora espaço para opiniões formadas com base em relatos e no “ouvi dizer”, que geram alarme social e o aproveitamento político que está à vista de todos. “Trata-se de uma situação provocada pela inação do governo que prejudica em primeira instância os próprios agricultores. Os agricultores, ao contrário do que muitos pensam, são os mais interessados na defesa da natureza, no combate às alterações climáticas e nas práticas agrícolas amigas do ambiente cada vez mais valorizadas pelos mercados. E por isso nós, antes de mais, queremos refutar a ideia que aqui perpassa de desconfiança e diabolização daqueles que são os únicos que investem e apostam no nosso mundo rural”. A terminar, António Lima Costa referiu que “o que está aqui verdadeiramente em causa é o habitual ataque à iniciativa privada que leva a cabo uma missão de modernização e competitividade da nossa agricultura num contexto internacional. É assim no azeite e nos frutos secos, como no vinho, nos pequenos frutos, na maçã e pera, nos hortícolas ou na produção suína. O que está verdadeiramente em causa, é o habitual ataque aos empresários agrícolas que, contra ventos e marés, dão um enorme contributo para a coesão territorial e crescimento económico do país, criando riqueza que se possa redistribuir por via do emprego e da melhoria do nível de vida dos portugueses”.
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