O Parlamento debateu, esta sexta-feira, um conjunto de iniciativas com vista à criação de um Registo Nacional de Esclerose Múltipla. Em nome dos sociais-democratas, José António Silva começou por recordar que a esclerose múltipla é uma doença inflamatória crónica que que afeta o sistema nervoso central e constitui a principal causa de incapacidade neurológica em adultos jovens, com idades compreendidas maioritariamente entre os 20 e os 40 anos. As consequências que a esclerose múltipla normalmente acarreta, adianta o deputado, têm repercussões significativas na vida e saúde das pessoas por ela afetadas, as quais não podem ser de todo ignoradas. “Apesar de atualmente não existir ainda cura para a esclerose múltipla, o controlo dessa doença é considerado fundamental para evitar ou, pelo menos, para minorar as sequelas dos surtos que sempre podem ocorrer por sua causa, o que acontece em cerca de 85% dos casos, segundo estimativas da Direção-Geral da Saúde”. Tendo em conta este cenário, o parlamentar afirmou que o PSD saúda as várias iniciativas que recomendam a criação de um Registo Nacional da Esclerose Múltipla. “Esse registo permitirá ultrapassar a atual situação, em que persiste a inexistência de dados fiáveis e rigorosos sobre a incidência da esclerose múltipla na população portuguesa, permitiria traçar um perfil dos doentes e das suas necessidades, mas também melhorar a avaliação da adequação e impacto dos medicamentos utilizados no seu tratamento e potenciar a investigação terapêutica.” A terminar, José António Silva recordou que a criação de um Registo Nacional da Esclerose Múltipla constitui uma pretensão de há muito reivindicada pelas associações de doentes com esclerose múltipla e pela própria Sociedade Portuguesa de Esclerose Múltipla. “Neste contexto, o Grupo Parlamentar do PSD votará naturalmente a favor das iniciativas hoje em presença”, anunciou o deputado.
|