No debate da Petição que solicita a revisão do programa curricular da disciplina de Estudo do Meio do 1.º ciclo do Ensino Básico, Liliana Silva começou por saudar os mais de 4000 subscritores da iniciativa, em especial à professora por incutir os valores da participação cívica e aos alunos por agarrarem este desafio e lhe terem dado forma, corpo e vida. “É bom ver que um projeto, com a ampla dimensão do concurso Ciência na Escola, deu resultados como este. A vossa preocupação em solicitar uma revisão ao programa curricular da disciplina de Estudo do Meio, em prol de uma educação centrada no aprofundamento de conhecimento dos vossos territórios e de problemas concretos que podem ser minimizados com uma educação cívica precoce, chegou até nós. A vossa voz está a ser ouvida. Isto prova que a democracia e a política se fazem por todos e para todos”, sublinhou a parlamentar. Focando-se no documento em análise, a social-democrata afirmou que cientes de que a questão dos incêndios é, infelizmente, sempre atual, o PSD concorda com os peticionários quando referem que se devem tratar precocemente assuntos relacionados com a qualidade do ambiente. “Quanto mais cedo os alunos forem sensibilizados para tratar das florestas com conhecimento das suas características e de medidas de prevenção de incêndios através da supressão de maus hábitos cívicos, mais cedo teremos jovens conscientes e adultos responsáveis capazes de fazer a mudança no país e no mundo. O programa curricular de Estudo do Meio deve ser dinâmico e ajustado às idiossincrasias de cada território. Portanto o 10º objetivo do programa que consiste em reconhecer e valorizar o seu património histórico e cultural, deve sim, como os peticionários apelam, incidir no respeito, proteção e conservação do património ambiental e revelar abertura ao conhecimento do próprio território por parte dos alunos de uma forma mais aprofundada.” A terminar, Liliana Silva deixou bem vincada a ideia de que esta Petição “assenta no pressuposto que o PSD sempre defendeu: a flexibilidade do currículo através da autonomia das escolas. Portanto, não podemos ignorar o que lemos e a realidade que vemos. A preocupação elencada nesta petição, representa uma ideia global que a todos diz respeito, e por isso consideramos que no âmbito das competências do ministério da educação relativamente à alteração curricular das disciplinas, se tenha em atenção as opiniões emitidas nesta Petição”, concluiu a parlamentar.
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