No debate do Orçamento do Estado para 2019, Sara Madruga da Costa recordou ao Ministro das Finanças que “podemos pretender enganar todos por algum tempo, até conseguir enganar alguns por todo o tempo, mas não conseguimos enganar todos, todo o tempo. Os madeirenses já perceberam que foram enganados e que o Orçamento do Estado é uma farsa também para a Madeira. Depois de três anos de muitas promessas, ficou agora clarinho como a água, a aldrabice e o embuste em torno do financiamento do novo Hospital da Madeira”. De acordo com a deputada, o governo prometeu repetidamente pagar 50% do novo Hospital e agora já só assume 13%. “Anunciou um financiamento de um montante superior a 132 milhões de euros, mas depois publica uma resolução com apenas 96,5 milhões. Como se tudo não bastasse, não paga o IVA e ainda faz contas com património alheio, nomeadamente com o património dos Hospitais Nélio Mendonça e dos Marmeleiros. De que serve o Governo dizer que não quer um país dividido, quando é o primeiro a tratar de forma diferente uma parcela do país com um único intuito: eleitoralista, asfixiando a Madeira”. Face a este cenário, a social-democrata foi perentória em afirmar que “não há, neste momento, qualquer dúvida de que a falta de palavra do Governo para com a Madeira é uma vergonha nacional”. “Foram três anos de mentiras, trapaças, embustes, truques, manipulações, de meras habilidades, palavras vãs, para enganar e brincar com os madeirenses. Chegado a este momento, impõe-se perguntar ao Governo: O que vai o Governo fazer a seguir? Vai continuar a arranjar esquemas, novos argumentos esfarrapados e outras justificações para não cumprir sequer com os 13% do financiamento do novo Hospital? Vai procurar encontrar expedientes para atrasar da obra? Vai continuar a adiar a revisão da taxa de juro do empréstimo à Madeira”, questionou Sara Madruga da Costa.
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